Sofremos o enclausuramento de 2020, assustados com a Covid-19. Perdemos pessoas queridas e torcemos ardentemente para que o sistema mundial de saúde produzisse uma vacina salvadora. Produziram umas quantas, em vários países, e de diferentes procedências, em tempo recorde.  Agora, já entramos em 2021 discutindo a aplicação da dita cuja. Politizaram o processo e deram início à sucessão presidencial de 2022 baseados em  garantias especulativas, afirmações levianas e atuações ridículas da parte de quem deveria apenas resolver o problema com presteza, mas com serenidade. Todo mundo dá pitaco…

Ainda persistem dúvidas e exageros acerca da quantidade de mortes produzidas exclusivamente pelo propagado efeito danoso do vírus. O certo é que o povo “encheu o saco” de tantas horas de TV em cima do assunto pandêmico, de opiniões de especialistas desconhecidos e de comentaristas que previam o fim do mundo. Criou-se um clima de tempestade assustadora e irreversível, causadora de quebradeira econômica, depressões calamitosas e mais desemprego dos mais pobres.

– Como vai ser a vacinação? – Todos perguntam. Ora bolas, igual a contra a gripe para idosos, tal qual as obrigatórias para os recém nascidos, etc. e tal.

Ah, mas na Europa já começaram vacinar e, na América, ainda não? Claro, foi lá que produziram. Ainda temos de adquirir ou fabricar as nossas, e, para isso, é preciso que elas existam disponíveis no mercado. Não existe mágica, e também não é possível furar a fila de espera. Calma, e continuemos usando máscara, lambuzando álcool gel nas mãos, tomando vitamina D para aumentar a imunidade e nos cuidando o quanto possível.

Mesmo não sendo um expert no assunto, tenho para dizer que a normalidade completa só virá em 2022, e olhe lá. Bailes, festas, ajuntamentos, bebeiragem, carnaval, estádios lotados, etc. somente depois da vacinação total e da comprovação da erradicação do bichinho este que os chineses espalharam para o mundo. Pelo que sabemos até agora.

Depois disso, vai haver, ainda, especulações acerca da efetividade dessa ou daquela vacina. Que aqui ou acolá, um que foi vacinado foi infectado, ou que doses vencidas foram aplicadas, ou que deixaram algum lote vencer até serem descartados irresponsavelmente, tal qual os milhões de kits adquiridos no atropelo da mídia ou na incompetência de gestores oportunistas. Quer dizer, continuaremos no Brasil.

Não, não seremos mais os mesmos, mesmo depois do corona; nunca mais, nunca mais…