Quando chega outubro, eu sempre me espanto. Como passou depressa! Estamos quase no fim do ano.

Lembro os exames parciais que fazíamos na Escola João Neves nesse mês, que avaliavam tudo o que fora ensinado no primeiro semestre. Era um período carregado que nos esgotava demais. Quase todo o mês de provas e de momentos aflitivos. Será que vai dar tempo de repassar toda a matéria?

Agora eu me importo com o balanço da minha vida neste ano. Cumpri as tarefas, aquilo que agendei e priorizei para 2021? Sempre falta alguma coisa, ou foi substituída por outra mais urgente. A vida flui, muda a cada dia.

Constato que é o terceiro ano seguido que preencho as páginas da minha agenda. Pelo menos nesse propósito, eu não falhei.

Em outubro do ano passado, sonhávamos que agora estaríamos livres da pandemia e com a vida retomando seu ritmo normal. Quimeras! No entanto, tivemos a alegria de receber as vacinas, mas o malvado vírus continua a mascarar-se em outras cepas, ajustando-se à moda Brasil. E a pandemia continua servindo aos corruptos que se aproveitam para lucrar com o comércio ilegal das vacinas e com a propaganda de medicamentos ineficazes. Além da camuflagem feita nas estatísticas dos óbitos pela doença.

Fomos vaiados e motivos de inspiração para os humoristas nova-iorquinos pela postura irreverente de nosso Chefe e de sua comitiva, que de mensagem só deixaram o vírus circulando entre os participantes da importante conferência da ONU que tratava dos combates à pandemia e da defesa do meio ambiente. Pela fala de nosso Presidente, o Brasil nunca esteve melhor como sob seu comando. Florestas protegidas, pandemia controlada, índios felizes nas suas terras. E a Economia em superávit!

Continuamos assistindo ao empobrecimento de nosso amado Brasil; lastimando a miséria crescente de seu povo, a fome; os desassistidos pelos Serviços Públicos, Saúde e Educação. O aumento do custo de vida, a elevação da inflação, dos juros de cartões, do cheque especial encarecendo os empréstimos; a poupança que não cresce, pelo contrário, cobra taxas de manutenção e diminui o que poupamos.

Cabe a nós, classe média – que também empobreceu visivelmente – zelar pelos necessitados, e isso é feito por ONGs generosas que fornecem sacolas de gêneros, kits de limpeza, sopão e almoços solidários em diversos pontos da periferia e locais esquecidos.

Mas ainda nos restam dois meses para o ano acabar. O que poderemos fazer até lá a fim de diminuir os estragos e dar um passo à frente?

Que Deus nos dê força e coragem.