Este título é uma citação da página 15 de Minha vida fora dos trilhos, de Clare Vanderpool, e se refere ao que restou na placa que fica na entrada da cidade de Manifest, no Kansas, Estados Unidos – antes, estava escrito “Manifest: uma cidade com um passado rico e um futuro brilhante” (p. 13). Acredito que este título resuma bem o que se encontra no livro: muitas voltas ao passado em uma busca pelo… passado. Explico melhor:

Após Abilene sofrer um acidente, seu pai, Gideon, decide que ela não poderá passar o verão com ele e a envia para Manifest, cidade onde ele viveu na adolescência. A menina não está satisfeita com a mudança, ainda que seja temporária – ou não? Ela preferia ficar com o pai, mas percebe que ele está se distanciando, e sente que há muitas coisas que não sabe sobre Gideon. Então, decide aproveitar o tempo na cidade para descobrir o que puder.

Ela leva, enrolada em uma página de um exemplar do Manifest Herald datado de 1917, uma bússola que pertencera ao pai. Essa página do jornal e outras com que irá se deparar ao longo da trama são muito importantes para tudo que irá descobrir.

Quem fica responsável por Abilene é o pastor Howard, amigo de Gideon. Na casa do pastor, ela encontra uma caixa escondida sob uma tábua solta no piso. Os objetos dentro desta caixa a guiarão para descobrir o que deseja e muito mais.

A estória flui em duas linhas do tempo diferentes. A primeira, narrada em primeira pessoa por Abilene, se passa mais ou menos em 1936. A segunda traz eventos que se passaram em Manifest entre os anos de 1917 e 1918, protagonizados por Ned Gillen e Jinx, e que são narrados a Abilene por uma imigrante húngara, a srta. Sadie. Ao longo do relato, vamos aprendendo também sobre como os Estados Unidos viveram momentos históricos, como a Primeira Guerra Mundial, a Lei Seca e a ascensão da Ku Klux Klan.

 

Referência:

VANDERPOOL, Clare. Minha vida fora dos trilhos. Tradução de Débora Isidoro. Rio de Janeiro: Darkside Books, 2017. 320p.