As profecias se cumpriram e a estrela de Belém indicou o caminho. Na humildade da estrebaria, cercado de ovelhas e jumentos tangidos por seus pastores, lá estava o Menino Jesus, tão indefeso e pequenino, mas que seria o nosso Salvador.

E as ruas de nossa cidade se enfeitam com toda a beleza para saudá-lo. Pastorais e Grupos de Voluntários – e a Prefeitura – promovem, na Praça central, eventos de arte e de recreação para as crianças, enquanto distribuem brinquedos e cestas básicas aos mais necessitados, com o respeito que eles merecem. E a felicidade estampada em seus rostos é a recompensa dos doadores.

Natal é a Festa do Amor. Nossos corações se abrem em gestos de fraternidade, acolhendo a todos num mesmo abraço, lembrando que o Menino nasceu para o bem da Humanidade inteira, sem discriminação de raças, etnias, cor ou classe social. Ele escandalizou os fariseus de sua época porque recebia samaritanos e cobradores de impostos – que eram detestados pelo povo oprimido – e curava pobres e ricos que necessitassem de seus milagres.

Dois mil anos se passaram, e muita coisa mudou na História da Humanidade.  Impérios poderosos, governos totalitários, ditaduras e democracias imperfeitas tiveram o seu fim, mas outros regimes ainda continuam a priorizar o poder e as riquezas materiais. Porém, agora, a Pandemia que nos isolou em casa nos deu espaço para pensar, medir o valor da vida, da união e da amizade. E vimos que a morte pela doença ceifou mais os pobres do que os ricos, e que a miséria dos vulneráveis da sociedade levou-os ao desemprego, ao despejo de suas moradas por falta de aluguel, e à desesperança. Eles precisam de nós.

Por isso, o Natal deste ano parece mais santo, justo e fraterno.

Estamos no caminho certo. E a nossa luz é o amor. Sem atalhos nem desvios, deixando que esse sentimento faça morada em nossos corações.

Feliz Natal, meus irmãos, minhas irmãs, filhos do mesmo Pai.