No sábado (26), fiquei sabendo que O hobbit, de J. R. R. Tolkien, foi aprovado pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) e poderá ser usado como livro paradidático – material complementar que aborda conteúdos diferentes daqueles dos livros didáticos – nas escolas (Atenção professores! Já há materiais disponíveis no site da Harper Collins). Fã de Tolkien como sou, essa notícia me deixou muito feliz e me motivou a falar sobre O hobbit.

O título desse texto é a primeira frase da estória. Tolkien contou, em uma carta, que estava corrigindo provas quando ela veio à sua mente sem nenhuma explicação. Esta e outras histórias são relembradas pelo filho do autor, Christopher, no Prefácio do livro.

O hobbit foi publicado no Brasil, primeiro, pela Martins Fontes. Depois, a Harper Collins adquiriu os direitos sobre as obras de Tolkien no país e, em 2019, lançou uma nova tradução desse livro, mais parecida com o texto original. Essa edição traz também ilustrações feitas pelo próprio Tolkien.

O personagem principal é Bilbo Bolseiro. Os hobbits, de modo geral, eram criaturas pacatas, não se metiam em aventuras e viviam em tocas com muito conforto, numa época distante da nossa (a Terceira Era) e no território onde, segundo a mitologia tolkieniana, hoje fica a Inglaterra. De todas as famílias hobbit, a que mais se encaixa nessa descrição é a Bolseiro. Mas Bilbo também tem sangue Tûk, família conhecida por suas aventuras.

Um belo dia, Bilbo recebe a visita do mago Gandalf, um amigo de seu avô Tûk e o responsável por muitas aventuras da família. E é justamente para convencer Bilbo a partir em uma que o mago está ali. Para ajudá-lo, Gandalf convoca seus companheiros de jornada: 13 anões liderados por Thorin Escudo-de-carvalho. Eles aparecem na toca de Bilbo e explicam a ele em que consiste a viagem: recuperar o tesouro da família de Thorin, que fora roubado por um dragão. Após certa relutância de sua parte Bolseiro, o lado Tûk fala mais alto. Conseguirão eles cumprir o objetivo?

O hobbit foi o primeiro livro publicado por Tolkien e agradou tanto aos leitores que uma sequência foi pedida. Assim nasceu O senhor dos anéis, e O hobbit passou por algumas mudanças para se adaptar a ele e ao legendário de Tolkien, mas manteve suas pitadas cômicas. É essa versão modificada que conhecemos hoje.

 

Referência:

TOLKIEN, J. R. R. O hobbit: ou lá e de volta outra vez. Ilustrações de J. R. R. Tolkien. Tradução de Reinaldo José Lopes. 1ed. Rio de Janeiro: Harper Collins, 2019. 336p.