As coisas estavam começando a se ajeitar, e aí surge uma nova cepa, a Ômicron, que está apavorando novamente o mundo. Um alerta da OMS diz que esta variante representa um risco muito elevado para o planeta. Então, aquilo que já estava difícil pode piorar!

O que dizer? Como esta variante da Covid pode afetar o mundo econômico? Em alguns países, a reação foi rápida e partiram para o fechamento do comércio e para a limitação de pessoas nas ruas, pois eles sabem que, se ela for realmente violenta como está prometendo, o sistema de saúde vai entrar novamente em colapso.

Deve ser salientado que, em alguns países, os índices de vacinação são baixíssimos, e a negação de entregar o braço é persistente. Na verdade, em vários a oferta de doses é insuficiente, e este momento é de preocupação, pois o inverno no hemisfério Norte mostra a sua cara.

A pergunta que hoje está na mente de todos os analistas é: como a economia mundial reagirá a mais esta cepa da Covid, pois a quarta onda bate à porta de vários países? Na verdade, já existia uma recuperação econômica desigual, o que pode reduzir ainda mais o ritmo da máquina econômica. Como o mundo responderá a este novo surto? Pensar na Saúde, na Economia ou nas duas? É mais uma pedra que está sendo colocada no tabuleiro do xadrez econômico. Cresce a incerteza sobre os cenários futuros da economia global, deixando os mercados nervosos. A visão é clara, vai acontecer um atraso na recuperação mundial, e isso será nocivo para todos os países e continentes, principalmente os menos desenvolvidos. É possível que até o final do ano já existam novas consequências deste panorama, permitindo traçar cenários mais claros sobre o futuro a curto e médio prazo.

 

E aqui no país do Carnaval?

O cenário local é bem diferente do traçado acima. Estádios de futebol lotados, comércio vendendo como nunca, viagens a mil, e as festas de fim de ano e o Carnaval na planilha de todo mundo.

Vai ter Carnaval? É possível que aconteça, principalmente no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia. Alguns municípios já disseram não, mas a festa continua sendo planejada. É bom lembrar que o Governo Federal, no mês de fevereiro de 2020, decretou estado de emergência em função do perigo da Covid, mas os governadores desconsideraram este aviso e realizaram o Carnaval. Depois veio a conta. Será que o quadro vai se repetir? Seria prudente suspender as festas que provocam grandes aglomerações, mas quem tem coragem de assim proceder? Tenho a certeza de que o pensamento é “deixa acontecer e depois a gente vê o que faz”.

Sem ser demasiadamente pessimista, é bom que o sistema de saúde esteja preparado para uma nova onda por aqui. O planejamento deve ser feito agora. Depois, pode ser tarde, pois ela pode chegar forte por aqui.

 

Boa notícia!

No meio de uma enxurrada de noticias ruins ou desagradáveis, surge uma que traz um alento e permite tirar o brilho do pessimismo. Nesta semana, o IBGE publicou uma pesquisa que aponta que o desemprego recuou de 14,2% no segundo trimestre para 12,6% no terceiro trimestre deste ano. É o índice mais baixo desde o primeiro trimestre de 2020.

Este dado vem confirmar o que já estava acontecendo com o setor terciário, funcionando a toda a máquina. Todo o mundo está vendendo bem e, com o final de ano chegando, é possível antever que os bons ventos para o emprego vão continuar.

Claro que o mercado de trabalho ainda se recente dos efeitos da pandemia na Economia, mas fica claro que a recuperação, apesar de lenta, está acontecendo. Sempre é bom lembrar que o cálculo do desemprego leva em conta apenas aquelas pessoas desocupadas e que estão em busca de trabalho.

Um aspecto importante dos dados apresentados é que a taxa de desemprego teve um recuo significativo em 20 dos 27 Estados pesquisados, ou seja, o emprego está sendo oferecido de maneira disseminada pelo país. As maiores taxas de desocupação foram de 19,3% em Pernambuco, 18,7% na Bahia e 15,5% no Amapá. Já as menores foram de 5,3% em Santa Catarina, 6,6% em Mato Grosso, 7,8% em Rondônia e 8% no Paraná. Em 2021, a população ocupada já aumentou mais de 9,5 milhões de pessoas.

Neste estudo, existe uma previsão de que a taxa de desemprego no Brasil poderá chegar a 11,5% neste último trimestre. Hoje, o cenário do mercado de trabalho é bastante favorável, mas existem incertezas no que se refere ao próximo ano. Continuará assim, com pessoas recuperando os empregos?

 

Pense

Rir é o melhor remédio para a dor na alma.