Chegou a hora de desarmar a árvore e guardar os arranjos de Natal. E de parar por instantes na contemplação das fotos com a família querida. Ver a alegria de todos, de estar juntos, poder abraçar-se – mesmo de máscara e com todos os cuidados. E unidos em agradecimento ao Ano da Esperança, que nos permitiu celebrar com os entes queridos essas datas memoráveis, Natal e Ano Novo.

A casa ainda guarda seus risos, vozes e odores agora que ficou vazia. Belas lembranças nos aquecem o coração.

Que nome daremos ao novo ano? Do Recomeço, da Conscientização? Ou, quem sabe, Do Respeito à vida? Cabeças brilhantes não faltam no país e no mundo para encontrar o título mais apropriado.

Enquanto isso, vamos entrando na normalidade dos dias comuns. Dias bem quentes, pois é verão, e La Niña não tem dó da gente. Mas as refeições vêm à hora certa, o jornal chega antes do café da manhã, os noticiários continuam a pôr-nos a par dos acontecimentos. Notícias de tragédias próprias dessa época se repetem: acidentes nas estradas – quantos ônibus caindo nas ribanceiras –, afogamentos nos balneários, cruzeiros turísticos interrompidos pela contaminação da Covid-19 em passageiros, viagens aéreas interrompidas, um horror!

Mas também há boas notícias, aquelas que revelam o nobre coração do nosso povo, que sabe repartir o que tem com o mais necessitado. Socorrer vítimas de enchentes ou incêndios com risco da própria vida. Campanhas para conseguir remédios caríssimos para salvar ou reduzir o sofrimento de doentes com males estranhos, que o SUS não atende.

A vida é um mar de surpresas. No mesmo barco, somos sacudidos por maneiras opostas de salvação nas tempestades. Os polos continuam controversos, uns positivos, outros negacionistas. Enquanto a ANVISA – e a OMS – recomendam a vacinação das crianças, nosso Governo se manifesta contrário. Quantas crianças já pagaram com a vida por essas demoras e omissões!

As cheias da Bahia, de Minas, do Tocantins, do Rio de janeiro, de S. Paulo, não aconteciam tão desastrosas há mais de quarenta anos. E o Governo recusou a ajuda de peritos da Argentina para controlá-las. Nosso país não tem igual no mundo. Cheio de absurdos.

E as eleições estão aí. Dai-nos, Senhor, candidatos confiáveis, inteligentes, bem preparados e, sobretudo, que valorizem mais a vida do que as riquezas e o poder deste mundo.