Eu havia planejado escrever sobre outro livro nessa semana, mas quando li a dona Anna Zoé falando com tanto amor sobre as estórias de Agatha Christie, fui contagiada e soube que precisava ler algo dela. Conhecia já a fama da autora, porém não havia lido nada seu. Comecei por Assassinato no Expresso do Oriente.

Nessa trama, o detetive Hercule Poirot toma o Expresso Taurus, na Síria, com destino a Istambul, onde pretende passar alguns dias. Além dele, estão neste trem apenas outros dois passageiros, uma moça e um coronel, ambos ingleses. Esse número reduzido de ocupantes é normal para a época, já que é inverno e faz muito frio.

Ouvindo conversas entre seus dois companheiros de viagem, Poirot descobre que, apesar de aparentemente não se conhecerem, a moça está envolvida em algo que é do conhecimento do coronel, e não agrada em nada a ele. Até uma breve discussão entre os ingleses Poirot presencia por acaso.

Chegando a Istambul, o detetive recebe um telegrama que o faz pegar o Expresso do Oriente na mesma noite, com destino a Londres. No trem – que estranhamente está lotado, com pessoas de diferentes nacionalidades e classes sociais – reencontra seus companheiros do Expresso Taurus e conhece um misterioso americano chamado Ratchett.

Este homem pede a proteção do detetive, dizendo que tem muitos inimigos e se sente ameaçado. Poirot recusa o serviço, com a justificativa de que escolhe os casos em que trabalha, o que desagrada muito ao americano.

Logo nos primeiros dias de viagem, numa noite, o Expresso do Oriente fica preso em uma nevasca na Iugoslávia. Na manhã seguinte, Ratchett é encontrado morto, assassinado. E ao detetive Poirot é pedido que investigue o caso e encontre o assassino.

Esqueça tudo que você sabe sobre investigações criminais, seja de séries, filmes ou livros modernos. Em primeiro lugar, a obra é de 1934. Em segundo, Poirot está em um trem preso em uma nevasca, sem nenhum equipamento de investigação além de sua inteligência para desvendar esse mistério: quem matou Ratchett?

A narrativa de Assassinato no Expresso do Oriente é daquelas que prendem o leitor e o faz mergulhar nos interrogatórios junto a Poirot para encontrar o furo na história de algum passageiro que possa indicar a autoria do crime. Você consegue descobrir o assassino antes do detetive?

 

Referência:

CHRISTIE, Agatha. Assassinato no Expresso do Oriente. Tradução de Érico Assis. 1ed. Rio de Janeiro: Harper Collins, 2020. 240p.