Na sociedade, no lar, no trabalho, na profissão, no mundo.

“Um aroma suave exalou das mãos do Criador

quando seus olhos contemplaram a solidão

do homem no jardim.

Foi assim: O Senhor desenhou o ser gracioso, meigo e forte

Que sua imaginação perfeita produziu.

Um novo milagre:

fez-se carne,

fez-se bela,

fez-se amor,

fez-se a verdade como Ele quer.

O homem colheu a flor,

Beijou-a com ternura,

chamando-a simplesmente

Mulher.”

Ivone Boechat

 

A figura da mulher vem sofrendo diferentes interpretações através dos tempos. Houve épocas na História em que a consideravam um ser sem alma. Por muitos séculos, foi tratada como um ente inferior, que devia total obediência ao seu marido, que tinha o direito de vida e morte sobre ela. Como solteira, era seu pai que governava sua vida.

Aos poucos ela foi demonstrando seu valor e lutando por conquistar os espaços no lar, na sociedade, no mercado de trabalho, na profissão. Até o começo do século passado só lhe era permitido, com raras exceções, ser profissionais essencialmente femininas, como professoras, enfermeiras, cuidadoras de crianças.

Até hoje, em muitos países do Oriente, a mulher continua sendo uma escrava do homem, desde a maneira de vestir-se, de portar-se na rua – sempre acompanhada – na sociedade e até em casa. Em alguns, lhes proíbem estudar, freqüentar escolas ou faculdades. Ter empregos. Fatos e imagens não têm faltado na mídia, como o caso da menina que escapou por pouco da morte, porque queria estudar e que as jovens de seu país também tivessem esse direito.

Felizmente, aqui no Ocidente, estamos mais avançadas. As mulheres podem exercer qualquer profissão que antes era só de homens. Mas para o mesmo trabalho, elas ganham geralmente menos que os trabalhadores masculinos.

Elas vêm-se destacando na área profissional, não perdendo nada em eficiência e comprometimento para seus colegas, em considerável número de casos.

Homens e mulheres têm deveres especiais, igualmente importantes, em todos os setores da vida humana. Mas é no lar que a mulher tem seu lugar de maior destaque. Ali, ela é a mediadora, a que promove a união e a paz. É a amiga, a companheira, a conselheira e, para todos – marido e filhos – é a ternura que faz diminuírem as preocupações do companheiro, as lágrimas dos pequenos, é o apoio de quem precisa.

Ela tem o dom de melhorar a visão do mundo, e contribui para que a sociedade reveja seus valores e respeite cada ser humano como seu semelhante.