Alguns dias atrás, terminei de ler meu primeiro livro de Stephen King. A indicação do autor veio de uma seguidora, Cândida Portal, que é realmente muito fã dele, e me contou que já leu todos os livros. (Esse, agora, é um dos meus objetivos) Busquei informações sobre algumas obras de King, e optei por Joyland. O narrador, já um homem maduro, relembra algo que aconteceu na juventude, quando ainda era um estudante universitário. Em um período de férias, ele arruma um trabalho temporário em um parque de diversões, onde desempenha diversas funções, desde se fantasiar de cachorro para animar às crianças a fazer a manutenção dos equipamentos. Mas esse parque tem um mistério: alguns anos antes, uma jovem fora junto ao namorado até lá, e acabou assassinada por ele, que nunca pode ser identificado, no interior de uma das atrações. Há quem diga que seu espírito ainda vive ali.

Esse mistério não sai da cabeça do protagonista. Por esse motivo e por outras coisas que acontecem em sua vida, ele decide pedir uma vaga fixa ao dono do parque, e não volta para a universidade naquele ano. Seu objetivo é desvendar o que realmente aconteceu, quem é o assassino e se realmente há um fantasma naquela atração. Bem antes do fim do livro – e de que o protagonista solucionasse o mistério –, eu já havia descoberto quem era o assassino. E você? Quanto tempo leva?

Como disse no início, essa foi a primeira vez que li algo de Stephen King. O que mais me chamou a atenção foi a construção da narrativa, a perfeição com que tudo é amarrado, a fluidez do texto, que nos faz devorar página atrás de página e querer ler mais obras do autor. Além disso, quando há a fala de um personagem, é possível ouvir sua voz, como se ele estivesse ao nosso lado, realmente nos dizendo aquilo. Já havia lido sobre isso em relação ao texto original. No caso da tradução ao português, isso é graças à qualidade da tradutora, Regiane Winarski, que soube trazer essa característica para nosso idioma.

 

Referência: KING, Stephen. Joyland. Tradução de Regiane Winarski. 1ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015. 240p.