Quero contar aos senhores
Da história de Caçapava.
Faz apenas quatro anos
Que esta estória começava.
Andando pelos botecos,
O povo já perguntava
Quem era um tal de Giovani
Que, então, se candidatava
Passado 15 de outubro,
O dito venceu a peleia
E entrou para a prefeitura
Pra pagar a conta alheia,
E a sociedade assistiu
Sem mesmo ficar “vermeia”.
Esqueceu de quem deixou
Aquela situação tão feia.
O povo foi se acostumando,
Sem muitos baixos ou altos,
Co’ as estradas esburacadas
E o mato crescendo alto.
Se passaram mais três anos
Sem haver um sobressalto
E o visionário aprendiz
Encheu o centro de asfalto
Começaram a comentar
Daquilo que ele queria.
Sem mesmo escutar a plebe,
O povo da periferia,
Pra saber se concordavam
Co’as obras que ele fazia.
Aí vieram as cestas básicas
Com a verba da pandemia
Eu já sei que vão dizer
Que estes versos têm defeito,
Que sou muito pretensioso,
Que não escrevo direito.
Minha gente, a vida segue,
Nem nos cabe preconceito,
Chorá o leite derramado
O homem foi reeleito.