Todos os leitos destinados ao tratamento da Covid-19 estão ocupados e há pacientes esperando vaga

 

A situação é crítica no Hospital de Caridade Dr. Victor Lang. Desde domingo, dia 07, todos os 18 leitos destinados ao tratamento da Covid-19 estão ocupados, e há uma fila de espera por vagas. As informações são do presidente da instituição, Florenço Mônego Junior. Também de acordo com ele, no total o hospital tem 67 leitos, e 48 estão ocupados.

– A situação em Caçapava é dramática e preocupante. A pandemia está em seu pior momento, atingindo diretamente o Hospital e seus colaboradores. Técnicos, enfermeiros e médicos estão exaustos, e isso deve ser reconhecido. O Hospital não mede esforços para atender seu compromisso com a saúde de nossa cidade. Diariamente são realizadas análises e avaliações para evitar um colapso, que está muito perto de nós – declarou.

Recentemente, a direção do Hospital e autoridades se mobilizaram por recursos para melhorar a usina de oxigênio da instituição. O presidente explicou que este equipamento funciona a partir da eletricidade, captando, concentrando e transformando o oxigênio existente no ar atmosférico para padrões adequados ao consumo humano, estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, para o uso por pacientes com insuficiência respiratória.

– A usina do Hospital tem duas unidades de produção, que atendem boa parte da demanda consumida pelos pacientes internados. O que estamos buscando é adquirir uma terceira unidade, e reformar e modernizar as já existentes. Isso possibilitará ampliar o atendimento de pacientes com insuficiências respiratórias, comuns em casos de Covid, e reduzir custos operacionais do Hospital – informou.

Segundo Florenço Mônego, atualmente, a produção da usina é insuficiente para atender as necessidades de consumo do Hospital. O restante é adquirido de empresas que comercializam o produto em cilindros.

– É importante destacar que, em razão da pandemia, existe grande procura por oxigênio, e sério risco de desabastecimento, como ocorreu em Manaus. Em tempos sem pandemia, o custo do oxigênio variava entre R$ 8 mil e R$ 10 mil por mês. Agora, oscila entre R$ 12 mil e R$ 15 mil por semana. A situação é dramática. Peço que todos se cuidem, usem máscara de forma adequada, usem álcool gel, lavem as mãos, evitem aglomerações. Precisamos da colaboração de todos para superar este grave momento – finalizou.