Dezesseis crianças passaram mal no mesmo dia e precisaram de atendimento médico. Secretaria da Saúde aguarda resultado de exames

Um surto de diarreia e vômito atingiu alunos da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Dionea Soares, na Vila Sul. Na semana passada, num só dia, 16 crianças com idade em torno de dois anos foram levadas ao Pronto Atendimento, apresentando um quadro de diarreia, vômito e dores abdominais. Duas delas precisaram ser hospitalizadas, pois estavam com desidratação. Elas já tiveram alta, segundo informação do Hospital de Caridade Dr. Victor Lang.

O caso repercutiu na Câmara de Vereadores. O vereador Luis Fernando Torres (PT), presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento e Bem-Estar Social da Câmara, disse que foi procurado por pais de alunos da escola.

– Estive na creche, conversando com a diretora, que não me convidou para entrar. Disse que não poderia dar informação, que quem iria explicar seria a secretária-adjunta de Educação [Gislaine Huerta] e a Sandra Bairros, que é a epidemiologista da Prefeitura – relatou o vereador à Gazeta.

Elas foram convidadas para uma reunião na Câmara, que ocorreu na segunda-feira, dia 06, e contou com a presença dos demais membros da Comissão presidida por Luis Fernando Torres: Patrícia Castro (PL) e Mariano Teixeira (PP). Também estava presente a diretora da EMEI, Rosane Teixeira, a coordenadora de Educação Infantil da Prefeitura, Adriana Pereira, e o coordenador da Vigilância Sanitária, Julio Forgiarini Dias.

– A Sandra disse que foi comunicada pelo Pronto Atendimento, porque foram mais de 10 casos numa noite, e fecharam a EMEI na quarta [dia 1º] para desinfecção. Ela também disse que seguiu os protocolos do Estado, que, como se tratava de mais de 10 casos, poderia ser uma epidemia, e que foram enviados para Porto Alegre materiais para exame que determinará se é vírus ou bactéria a causa da doença – relatou Luis Fernando Torres.

Segundo o vereador, outra preocupação é com a sujeira no entorno da EMEI. Moradores disseram a ele que há ratos e baratas no local.

– Foi comunicado que estavam limpando a creche terça passada [30 de novembro]. Só que hoje [terça-feira, 07], estive lá e não foi feito nada. Está do mesmo jeito que estava antes. Isso nos preocupa muito – declarou.

Ainda conforme Luis Fernando Torres, funcionários da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) estiveram na EMEI na quarta-feira, dia 1º, e fizeram testes na água tanto da caixa d’água da Escola quanto da rede de distribuição. O gestor da Corsan em Caçapava, Ary Figueiredo, confirmou à Gazeta que foram feitos testes.

Através da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, a Gazeta procurou as Secretarias da Saúde e de Educação para que se manifestassem sobre o caso. A Secretaria da Saúde informou que, “conforme Sandra Bairros, chefe do setor de Epidemiologia, a Vigilância em Saúde do município está fazendo a investigação e aguardando laudo dos exames coletados”. Até o momento, não recebemos resposta da Secretaria de Educação.

Foto: Eduardo Mota/Imprensa Câmara